A experiência vivenciada por Eliseu retrata bem o questionamento que nos vem quando enfrentamos certas circunstâncias que a vida nos coloca e que só são explicáveis do ponto-de-vista da fé em Deus, cujos pensamentos são mais elevados do que os nossos. Cansados, perguntamos “Onde está Deus?” É muito instrutivo, e curioso, que Deus não tenha dado a Eliseu uma resposta objetiva do tipo “estou aqui”, como era de se esperar.
Como cristãos somos tentados a ter respostas prontas para toda e qualquer situação. Quase sempre estamos prontos a “sacar” de nossa aljava um contundente Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8:28) para ajudar a explicar ou justificar o sofrimento de alguém. Mas, como podemos querer dar uma resposta para alguém se o próprio Deus resolveu se calar?
Neste momento, certamente, há muitas pessoas atravessando situações de extremo sofrimento que, certamente, estão se perguntando: “Onde está Deus? Creio que este é um tempo para, junto deles, nos sentarmos e chorarmos (cf. Salmo 137:2) apresentando o lamento angustiado e submisso diante do Pai (cf. Mc 14:33-36), sem querermos dar respostas artificiais geradas por nossas próprias ansiedades. Uma presença solidária e amorosa nesses momentos é uma atitude muito mais significativa do que mil palavras, por mais eloqüentes e “bíblicas” que sejam.
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