terça-feira, 23 de julho de 2013

18/07/2013, Deixamos Xique-Xique
Partimos de Xique-Xique pouco depoi s das sete horas da manhã.  Por volta das 12:30 chegamos à simpática cidade de Iraquara-Ba,  onde almoçamos e em seguida nos dirigimos para conhecer a Gruta da Lapa Doce. É uma enorme caverna de 850 metros de extensão formada há milhões de anos pela força de correntes de águas subterrâneas que perfurou a rocha criando um verdadeiro labirinto de cavernas.

No trajeto apreciamos a beleza das estalactites e estalagmites que são formações rochosas resultantes da ação das águas das chuvas que se infiltram no terreno que recobre a caverna, formando essas enormes esculturas no teto e no solo da caverna produzindo um  cenário singular. Estalactites são as que se formam no teto da caverna escorrendo em direção ao solo,  estalagmites as que se formam no solo da caverna e crescem em direção ao teto.

O processo de formação de uma estalactite ou de uma estalagmite é muito lento, leva cerca de 40 anos para formar-se apenas um centimetro. No interior da caverna não é permitido tocar em nenhuma dessas rochas pois são muito frágeis. Segundo Lucia, que nos servia de guia, nós temos uma oleosidade natural nas mãos cujo contato com aquelas rochas produz a “morte”  da formação. Fiquei surpreso pois eu nem sabia que aquilo era vivo! Várias dessas rochas adquiriram formas curiosas parecendo que foram calculadamente esculpidas. Algumas lembram algum animal como um leão, um lagarto, um pássaro. Há uma,  chamada de Coruja Gigante, que é a maior estalagmite do conjunto de cavernas conhecido da Chapada.

Essa caverna que visitamos é um pequeno trecho dos 40 km de labirintos de cavernas já conhecidos e mapeados. Segundo Lúcia, há mais uns 70km de cavernas ainda não explorados.
Já no final da caminhada um momento de surpreendente beleza: “o apagão”. Todas as lanternas foram apagadas e todas vozes silenciadas ficando apenas o “som” de nossas almas e a luz de nossa imaginação. A grandeza espiritual desse momento arrancou fervorosas expressões de adoração e louvor a Deus, o escultor de tão magnífica obra. A própria Lúcia, exultou recitando um versículo bíblico. Descobrimos depois que ela é da Assembléia de Deus.  Do meu lado, um choro contido se fez ouvir, era Bruninha Oliveira que, com lágrimas adorava o Criador.


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